Creio que, finalmente, peguei a manha das geleias. Doçaria sempre me deu medo, devido aos seus melindres dos pontos de calda. Meu termômetro culinário sumiu e eu tenho que fazer o teste tradicional com a colher pau, onde se verifica a consistência de doce desejada…
Teste de ponto de calda não é para os fracos. Não é coisa que se acerte de primeira, a não ser que sejamos uma reencarnação de algum espírito das cozinhas portuguesas. Se não temos quem nos ensine, somente a prática nos leva à beira da perfeição. Ando estressada por estes dias… E a angústia de não viver de criação, leva-me à cozinha. Lá eu produzo, exercito um pouco o lado do meu cérebro preferido.
Hoje é segunda, estou de volta à seriedade do meu ofício, depois de um animado fim de semana de vinhos e vícios culinários. Eu deveria ter nascido rica. Não há salário que dê para tantos mimos e compensações para o meu espírito agrilhoado à vida que “escolhi”. Hoje precisei dos violinos de Vivaldi para me animar. Saudade da sutileza dos suflês e pudins… Embora deva confessar que meu pudim de ontem xoxou… Fui estrear uma panela de banho-maria, mas coloquei pouca água… O resultado foi o cheiro de alumínio queimado pela casa e um pudim desmoronando no prato… Foi um feinho gostoso que não durou nem uma hora intacto. Nem fiquei com raiva. Foi engraçado… 😉
Dia de Segunda…
agosto 30, 2010 por Fabiana Amorim
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